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Greve da TAP

Sexta-feira, 23.10.09

Greve da TAP

ESTOU INTEIRAMENTE DE ACORDO COM ESTE E-MAIL QUE RECEBI.
 

ESFORÇAM-SE A SAIR DA FORÇA AÉREA UTILIZANDO TODOS OS ARTIFÍCIOS  OU FARTAM-SE DE METER CUNHAS PARA IREM COMO PILOTOS PARA A TAP E DEPOIS PROVOCAM ESTA BAGUNÇA DIZENDO QUE GANHAM POUCO .
 

HAVERÁ ALGUÉM QUE ACHE QUE GANHA MUITO ???!

 

É UM INSULTO AOS DESGRAÇADOS QUE DESESPERAM A TENTAR CONSERVAR OS SEUS EMPREGOS NESTE MOMENTO DE CRISE INTERNACIONAL.
 

SÃO TÃO VIAJADOS E NUNCA OUVIRAM FALAR DA CRISE ?!
 
ONDE É QUE JÁ VAI A ÉTICA DESTES GAJOS?!
 

ESTÃO CLARAMENTE A PREJUDICAR A COMPANHIA  E O PAÍS.
SEMPRE QUERO VÊ-LOS DAR A CARA SE A EMPRESA FALIR E MILHARES DE COLEGAS FICAREM SEM EMPREGO
 

SE NÃO ESTÃO CONTENTES CANDIDATEM-SE A OUTRAS COMPANHIAS LÁ FORA .

 

VÃO TRABALHAR NAS LOW COST E LOGO LHES DÃO AS GREVES….



 Aqui vai o testemunho de uma funcionária da TAP


Sou funcionária da TAP Portugal.

 

Como é do conhecimento geral, estamos numa situação delicada, muito por culpa de uma crise que não conseguimos controlar.
A admissão de novos colaboradores é uma realidade a evitar.

Assim sendo, os recursos humanos da TAP estão sobrecarregados.

A política da empresa, nesta fase, passa por atribuir projectos/responsabilidades a pessoas que já possuem carga de trabalho excessiva e é habitual ver os colegas a sair fora do seu horário de expediente, exaustos, sem receberem mais por isso.

No dia seguinte estão novamente no escritório a repetir o ciclo sem ver um vislumbre de compensação financeira.

As assistentes de bordo recebem “X” adicionais cada vez que se levantam da cama para fazer um voo.

Pessoalmente recebo uma palmada nas costas por ter conseguido chegar a horas, dinheiro: nem vê-lo.  
A responsabilidade também não se reflecte no salário mensal.

Uma pessoa responsável por assegurar uma área de milhões de euros acaba por receber menos que uma mera assistente de bordo.

Acreditem quando digo que existem assistentes de bordo a receberem mais 400% do que uma pessoa que está a trabalhar nesta companhia há 20 anos. Alguns dos comandantes que vêm agora reclamar melhores condições salariais recebem mensalmente o que, pessoalmente, ganho num ano.

E digo alguns porque a restante maioria precisa de 3 meses para chegar ao meu salário anual. 
Com isto não venho reclamar da legitimidade do pedido de aumento salarial por parte do pessoal navegante de cabine, PNC. O que reclamo é a falta de oportunidade, a falta de respeito dos PNC pelos colegas de terra quando reclamam mais dinheiro, a ganância cega na qual preferem levar a companhia à falência desde que lhes encham os bolsos, a desconsideração pelos passageiros que confiam na TAP para voar.

Se a TAP entrar em processo de falência não sei que aviões estão a planear operar. Talvez, desempregados, consigam perceber que o que ganhavam dava para aguentar até uma melhor oportunidade para reivindicar os seus alegados direitos.
 

Este email é uma espécie de “greve à greve dos pilotos”.

É meramente simbólica porque embora me sinta “mal paga” acabo por vir trabalhar todos os dias para tentar levar a NOSSA companhia em frente.

É simbólica porque o confronto directo com o pessoal de elite da TAP é algo que nos prejudica dentro da empresa e ai de quem lhes tente pedir alguma contenção nestas horas.  
Não aguento mais ver esta empresa assim. Uns puxam para o lado, outros para outro.

O pessoal de terra sente-se confortável com esta situação?

Claro que não estamos satisfeitos por não sermos reconhecidos pelo nosso mérito. O dinheiro dá jeito a toda a gente.

Não sou hipócrita.

Mas se estamos calados é porque sabemos que a crise não é uma “história da carochinha” contada pelo Administrador.

A taxa de esforço e a ginástica financeira custa a todos.

Mas acho preferível lutar pela empresa do que sangrar a empresa lentamente até à morte com greves.
Mostrem insatisfação se a sentem! Mas por favor deixem em paz a sustentabilidade financeira da empresa. Já chega!

 

DEIXEM-NOS TRABALHAR!

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publicado por Rastr às 19:48







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